Um sábado na minha vida, focado no A.

Sim, tenho dois filhos. Mas no sábado passado a F. andou muito calminha, lá nos seus afazeres. Depois teve uma festa de aniversário e deixou muito tempo para os brilharetes do irmão.

[Antes de começar com o sábado, é de salientar que na 6ª depois do jantar que foi em casa dos Avós, ele decidiu escapulir-se para o jardim, caiu e ficou com uma negra mesmo no meio da testa.]

8h – O A. acorda e eu vou muito rapidamente preparar-lhe o leite, pois acorda sempre com muita fome
8.15h – Termina o leite e volta a dormir... mas não por muito tempo.
8.30h – Acorda novamente, agora cheio de energia e não há que o segure na cama.
8.45h – Troco-lhe fralda. Mudo-o de roupa e ‘’solto-o’’ à aventura pela casa.
9h – 9.30h – Faz todo otipo de disparates possíveis e imagináveis pela casa. Deixa tudo em desalinho.
9.30h – Decido pôr novamente na cama dele, para poder ajudar a F. A vestir-se, para me preparar e para pôr a casa em ordem.
9.31h – O A. decide que o lugar dele não é fechado na cama de grades, alça a perna direita, com algum esforço puxa a esquerda, fica literalmente pendurado do lado de fora da cama a uns bons 30cms do chão... Ganha coragem e larga-se. Cai em pé no chão. A coisa até lhe correu bem. Durante todo o processo, eu estava ao lado a dizer não, não, não... começo a achar que o produto que lhe ponho nos ouvidos para a cera afinal não é grande coisa.
9.32h – Volto a pôr o A. na cama. Choro.
9.33h – O A. levanta a perna direita, puxa a esquerda e todo o processo de saída da cama repete-se de novo, mais uma vez enquanto eu vigiava e repetia continuamente ‘’não’’.
9.34h – Volto a pôr o A. na cama. Choro.
9.35h – O A. levanta a perna direita e volta a sair da cama. Filmo o processo. E desisto. Deixo-o à solta novamente pela casa. Casa novamente desarrumada.
10h – Fomos comprar o jornal e fomos ao cabeleireiro ao pé do quiosque.
10.02h – O A. que não está acostumado a ir àquele cabeleireiro, salta para uma banqueta, e sobe à montra para mexer numa peruca que se encontra num busto. Tiro-o de lá.
10.03h – O A. agarra num cartaz publicitário, maior do que ele e começa a transportá-lo de um lado para o outro. Digo-lhe para pousar.
10.05h – Anda de banco em banco a rejeitar os pedidos de beijos que as cabeleireiras, que já me conhecem tinha eu a idade dele, lhe fazem. Vai a correr para a porta. Desce mal o degrau. Coloca mal o pé. Chora.
10.06 – 10.30h – A. a mancar pelo cabeleireiro de um lado para o outro.
11h – Chegamos ao mini-mercado da Avó.
11.05h – Vai brincar com a F. para uma divisão interior.
11.06h – Vem buscar um marcador.
11.10h – Damos com ele a pintar maçãs. Prejuízo para a Avó. [Mas tenho de admitir que o moço é um artista. Não há parede, mesa, banco, cadeira, nada que lhe escape!]
11.30h – Depois de vários disparates no mini-mercado é recambiado com o tio D. para casa da Avó.
12h – Sobe. Desce. Sobe. Desce. Sobe. Cai. E já cá canta mais um grande arranhão no nariz!
12.30h – Almoça. Pega num prato que está na mesa. Levanta-se e vai colocá-lo na pia para lavar. [Mas o prato cai desalmadamente na pia e quase parte.] Ele regressa à mesa, enquanto sacode as mãos uma contra a outra em jeito de ‘’mission accomplished’’.
13.30h – Deito na cama dele (em casa da Avó) e dou-lhe o iPad a ver se sossega por uns momentos.
13.32h – Larga o iPad. Sai da cama. Sim, sozinho.
13.45h – Depois de várias insistências para que adormecesse sozinho, pego-lhe ao colo e sento-me com ele a ver o Panda.
14h – Adormece e vai novamente para a cama.
16h – Regresso a casa. Já está acordado há mais de 30min.
16h15 – Vai comigo para o cabeleireiro onde fica estranhamente sossegado por 15m enquanto come umas bolachas.
16.30 – Sai com a tia.
17h – Regressa. Começa a agarrar tudo o que pode no cabeleireiro e a atirar para o chão.
17.15h – Sai comigo. Vamos ao Porto de carro e cantamos pelo caminho para que não adormeça.
18.15h – Regressámos. Deixo-o com o tio D. enquanto vou buscar a F.
19h – Chego com a F. e o tio vem desesperado, deixar o A. comigo.
20h – Jantamos.
21h – Saio com o N. e os dois ficam com os Avós e com os Tios.
22h – Regressámos para buscar os meninos.
22.15h – Já em casa, a aventura continua até cerca das 23.30h: colocámos o A. na cama e ele sai. Voltamos a pôr e ele volta a sair. E isto repetiu-se vezes sem conta até o Pai decidir agarrar nele e adormecê-lo ao colo.

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